
Uma cena me chamou atenção enquanto voltava de uma de minhas aulas, pensativa, filosofando algumas questões inacabadas de álgebra e existenciais; chamou tanto minha atenção que rendeu a mim essa postagem que vós escrevo agora.
A cena que me deparei, era algo animalesco, mas como disse animalizo as pessoas rsrs... Um cachorro andava comigo ao mesmo passo que eu andava na rua, parecia cronometrar os instantes das minhas pisadas; nada fiz além de observá-lo e analisá-lo, ao passo que andávamos, passamos em frente de uma casa desconhecida, sombria, de grades entre abertas; por entre as grades surgiu um outro cachorro mais feroz e assustador do que o comigo caminhava, sua fúria creio eu, foi em ver que o outro animal possuía o que ele mais deseja ter naquele momento: a liberdade.
Não que o outro cachorro não fosse feliz, pois gozava de alguns cuidados domésticos, mas não o era feliz por inteiro, invejava os demais que ao contrário dele não tinha uma família, mas tinha a liberdade de ir e vir quando lhe bem entendesse.
Às vezes me sinto ambos os cachorros, só que em constante oscilação, ora quero ser livre pra ir e vir, ora quero descansar entre as grades de um lar.