quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Eu sou...


"Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra. Você é a saudade que sente da sua mãe, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora. Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda. Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá. Você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás. Você é o que ninguém vê! "
(Autor Desconhecido)

E digo mais: Eu sou o que escrevo... "Decifra-me ou te devoro!!!"

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Num lugar muito distante de um mundo não encantado...

Assim como a noite se vai os dias também se vão e o dia finalmente nos alcança...
Fecham-se meus olhos e como mágica ou sonho; ainda posso sentir viver e ver aquelas pessoas a se divertirem, viver um só momento: o dia.
Ouço vozes, gargalhadas; mas vejo além de muitas cervejas, uma moça de vestido carmim que a pouco notei, mas que embora se faça e diga feliz, vejo contrariedades em suas palavras e ações... Em meio a tantos amigos a vejo, disfarçar entre um sorriso e outro, um olhar desligado as conversas que a cercam, ela não faz por mau, talvez as cervejas tenham a desnorteado, mas parecia dar lhe coragem.
Vejo a caminhar sozinha em meio tanta gente em meio tanta música em meio tanta “felicidade”...
De repente ela para, encontrou o que seus olhos aflitos buscavam há tempos: aproximadamente 1,80 m, magro, olhos e cabelos castanhos, dentes alvos, dono de um sorriso único.
Parecia não acreditar em que seus olhos lhe mostravam, acho que chegou a esfregá-los para ver se era um sonho ou realidade; se sentisse seu corpo talvez se beslicasse, mas a bebida não a permitira; decidiu acreditar em seus olhos.
A vi conversar com seus amigos e até conhecer alguns deles, me aproximei e então vi ela e ele conversarem; não me lembro bem das palavras que ouvi ambos pronunciarem:
Só me lembro dela balbuciar ao seu ouvido:
- Carpie Diem.
E o beijo, se fez... Ela parecia saber que ele não a possuía, embora quisesse crer no contrário... Ficaram estagnados entre todos por alguns minutos.
Vi ambos irem embora juntos... Num pude resistir e também me fui embora, não poderia dormir em paz se não soubesse o desfeche dessa história cotidiana.
Vi eles no estacionamento, ele abriu pra ela o carro, notará que ela parecerá estar mais bêbada que ele, não que ele também não estivesse, pois estavam.
Segui-os...
Vi ele parar o carro em frente julgo ser a casa dela, abrir a porta como um verdadeiro cavaleiro das antigas, talvez estivesse preocupado se ela vomitaria em seu carro ou preocupado como ela entraria em casa; temia levar ela pra casa dele, não saberia o que fazer... Preocupado em frente a casa dela, ligando pra alguém, ao mesmo tempo em que falava ao interfone, com o carro todo aberto buscando uma forma dela entrar em casa, era uma cena cômica de se ver... Eis que surge um vizinho que lhe entrega um molho de chave e ele enfim consegue abrir a casa, eu imagino aqui de fora que ele a levou até o seu quarto, colocou ela em sua cama e ela inebriada pela bebida o seguiu até a porta.
Ela em silêncio nem disse tchau; nem um beijo de despedida houve entre eles e ele se foi embora.
Ambos dão se as costas; para talvez nunca mais se virem; o dia se foi...
Eu sentado no carro olhando tudo de fora, mas vivendo tudo como se fosse de dentro, me deparei com o espelho retrovisor e vi minha vida refletida nele; não como vira antes, mas com olhos em alertas, vivos e ao pé do meu ouvido escuto sussurrar a voz daquela mesma moça que gozou talvez do seu último dia ao lado de sua paixão, a me dizer: Carpie Diem... E eu então entendo que preciso viver mais!!!
Num lugar muito distante de um mundo não encantado o dia foi-se e não mais voltou, senão nas linhas do sentimento esquecido por mim.

Essa não é uma história de dor ou desamor, mas sim de caminhos distintos!!! Que cada um saiba viver o seu!!!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Só uma pergunta?... Você se lembra?

Vejo a janela do msn aberto, neste dia não me sinto as mais nobres das pessoas, algo me entristece; busco puxar assunto com um amigo que é de uma importância inestimável pra mim, mas ele desconhece essa situação, ou finge não notar; o estranho é que ao nos vermos ao vivo, não sinto a mesma atenção calorosa que por msn não custa a terminar entre nós...
O assunto corria com um suspense antológico, não sei como pude fazer aquela pergunta desvairada.
Fui surpreendida pela resposta sem pergunta pronunciada:
- Me pergunte a pergunta que te inquieta, que eu prometo te responder com sinceridade!
Eu disse:
- *Só uma pergunta?
Ele disse:
- Só uma...
Se antes eu estava ansiosa pela nossa conversa, agora eu tinha uma chance de me aquietar, mas o contrário de me acalmar resignou um profundo e introspectivo pensamento, que pergunta fazer? Se são tantas as minhas angústias!
Enfim pronunciei:
- *O que você achou da gente ter ficado?
- Eu acho que foi um erro! Deixe me explicar por quê?
- Eu estava bêbado, não era a hora nem o momento certo para ficarmos.
- Não sou sempre assim, por isso que chamei você para ir à minha casa.
Também pensava que nosso primeiro beijo tinha sido um erro, demonstrará certo descontentamento durante a semana, mas um silêncio pairou por minha parte, ouvi meus pensamentos e analisando os fatos disse:
- *Posso passar agora na sua casa pra gente terminar esse assunto?
- Claro!
Olhei no relógio, se não me falha a memória eram 3: 20 da madrugada.
Andei como alguém sem rumo, mas que conhece muito bem o caminho... Cheguei!
Todos repousavam em seus quartos, embriagados de sonhos.
Fomos para o seu quarto, ele deitado e eu sentada na beira de sua cama começamos a dialogar; naquele dia vi além do nosso beijo não apreciado, te conheci melhor; consegui te ver além da aparência sombria e independente que teimas em mostrares ao mundo, você me dizia que procurava uma amiga namorada, chegou a citar entusiasmado seus pais, disse tanto de você que eu pouco consegui dizer sobre mim; parecias que ambos necessitam de atenção, talvez fosse a distância de casa que fazia da gente, pessoas tão carentes.
Carentes ao ponto de um beijo acontecer... Não foi como nosso primeiro beijo, nem como último deles... Mas aconteceu!
Você se lembra?

...

Pode ser um fato ilusório ou real, consigo viajar além da realidade e viver além da imaginação...

"A vida é como uma caixa de bombons... Você nunca sabe o que vai encontrar..." (Forrest Gump)

*Realmente penso de mais!

Caleidoscópica...


"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro."
.:(Clarice Lispector):.

Eterna Menina Mulher...



Por fora a menina que muitos julgam... Por dentro a mulher que poucos conhecem!!!
Para alguns a pessoa mais agressiva do mundo...
Para outros uma menina incompreendida!!!
Não tente me entender, não tente me rotular, não tente me definir... Esse é meu papel e não o seu!!!
Sou...
Aquela que ri de tudo, que chora para aliviar a dor...
Aquela cheia de gostos e reações estranhas, fora do comum...
Aquela que não consegue esconder o sorriso depois do choro...
Aquela que quando ama não se esquece tão facilmente do passado...
Aquela que se mostra forte, mas é funerável...
Aquela que negligência o amanhã, por medo...
Aquela que se diverte com os animais e sacaneia as pessoas...
Aquela que fala alto e pelos cotovelos, mas que gosta de pensar e escrever em silêncio...
Aquela que tem inúmeros defeitos e algumas qualidades...
Aquela que vive os bons e maus momentos a qualquer custo...
Uma pessoa comum, mas não uma pessoa qualquer!!!
Feia para uns, Bonita para Outros...
Pense o que Quiser...
A Beleza está nos Olhos de Quem Vê!!!
"Sou uma mulher madura, que às vezes brinca de balanço...
Sou uma criança insegura, que às vezes anda de salto alto!!!"
Sou muito mais que essas letras, frases e fotos que falam sobre mim...
Sou as minhas atitudes, os meus sentimentos, as minhas idéias...
Sou... Jeane Carvalho... *Eterna Menina Mulher*


domingo, 2 de setembro de 2007

2 + 2 = 4 dias...


Leu-se minha poesia;
E a mera semelhança não foi mais desprezada;
Agora tinha formas humanas;
E Eu, mais que envergonhada, apreensiva;
Fui pega pela tua reação;
Que me causou certo espanto e contentamento;
Não sei se era o efeito do álcool que agia em nossos corpos;
Só sei que naquele momento revivi novamente + 2 dias ao seu lado;
Revivi tão intensamente os mesmos beijos calientes que outrem senti, que pensamentos imaginários, viraram realidade e as sensações duplicaram-se ao toque dos lábios;
E o tempo então retrocedeu...
Mesmo com a contração do tempo, não pude, não posso e não consigo, dizer sim;
Sempre o Não interpola minhas palavras;
Motivos obviamente os tenho, mas ainda permanece o Não querer “descansar” neste momento;
Não sou como as outras fio, já notaste?
Não me apaixono fácil, não sou fácil de lidar, não espero muito do amanhã;
Vivo o presente, mas nunca me desligo do passado e sobre o futuro só vejo interrogações.

Faço minha, essa frase:
“I know not what tomorrow will bring”(Fernando Pessoa – última frase escrita antes de falecer)

Cismar não tem fim...


Este texto não é o que sinto hoje, mas o que senti semana passada (redigido dia 25 de agosto), como sempre digo, meus textos tem lá os seus porquês, que só cabem a mim... Sabê-los!!!

A muitas formas de definir um sentimento, mas talvez senti-lo se limite a palavra coração, muitos dirão que esse orgão serve simplesmente pra bater em nossa caixa torácica dizendo que ainda podemos nos considerar vivos; mas eu em suma, afirmo que muitas vezes estar vivo é estar morto.
Amar nos traz tamanha dor que nem sempre sentir o coração pulsar é sinal de vivacidade, falo isso pelas poucas, mais incessantes vezes que amei.
Costumo acreditar que o amor é ilusório, pois nos somos os principais criadores desta obra frankstaniana, que mais parece cisma que amor; não que não exista o amor, mas se o existe, eu o desconheço em partes ou não sei classificá-lo devidamente na escala dos sentimentos.
Sei poucas coisas sobre o amor, sei só o que vivi, experiências alheias serviram como base, mas é algo tão pessoal e intransmissível que relatos sobre o amor não passam de contos contados pra eu adormecer em minha introspectiva realidade.
Só sei que...
“Eu amo...
Eu amei...
E Eu amarei!!!”
A verdade é única, amar não tem fim, ou melhor, cismar não tem fim; hoje eu cismo com você, mas até quando cismarei assim? O tempo é impreciso e relativamente rápido; quando mirar meus olhos em outra direção, não o verei como antes o via, talvez retire enfim os tampões que cobrem meus olhos e assim eu possa brincar de cismar com quem me der vontade e por entre meus anos eu possa ver escoar só os bons momentos.

É a vida é assim, um eterno jogo... Que vença o melhor!!!