terça-feira, 11 de setembro de 2007

Num lugar muito distante de um mundo não encantado...

Assim como a noite se vai os dias também se vão e o dia finalmente nos alcança...
Fecham-se meus olhos e como mágica ou sonho; ainda posso sentir viver e ver aquelas pessoas a se divertirem, viver um só momento: o dia.
Ouço vozes, gargalhadas; mas vejo além de muitas cervejas, uma moça de vestido carmim que a pouco notei, mas que embora se faça e diga feliz, vejo contrariedades em suas palavras e ações... Em meio a tantos amigos a vejo, disfarçar entre um sorriso e outro, um olhar desligado as conversas que a cercam, ela não faz por mau, talvez as cervejas tenham a desnorteado, mas parecia dar lhe coragem.
Vejo a caminhar sozinha em meio tanta gente em meio tanta música em meio tanta “felicidade”...
De repente ela para, encontrou o que seus olhos aflitos buscavam há tempos: aproximadamente 1,80 m, magro, olhos e cabelos castanhos, dentes alvos, dono de um sorriso único.
Parecia não acreditar em que seus olhos lhe mostravam, acho que chegou a esfregá-los para ver se era um sonho ou realidade; se sentisse seu corpo talvez se beslicasse, mas a bebida não a permitira; decidiu acreditar em seus olhos.
A vi conversar com seus amigos e até conhecer alguns deles, me aproximei e então vi ela e ele conversarem; não me lembro bem das palavras que ouvi ambos pronunciarem:
Só me lembro dela balbuciar ao seu ouvido:
- Carpie Diem.
E o beijo, se fez... Ela parecia saber que ele não a possuía, embora quisesse crer no contrário... Ficaram estagnados entre todos por alguns minutos.
Vi ambos irem embora juntos... Num pude resistir e também me fui embora, não poderia dormir em paz se não soubesse o desfeche dessa história cotidiana.
Vi eles no estacionamento, ele abriu pra ela o carro, notará que ela parecerá estar mais bêbada que ele, não que ele também não estivesse, pois estavam.
Segui-os...
Vi ele parar o carro em frente julgo ser a casa dela, abrir a porta como um verdadeiro cavaleiro das antigas, talvez estivesse preocupado se ela vomitaria em seu carro ou preocupado como ela entraria em casa; temia levar ela pra casa dele, não saberia o que fazer... Preocupado em frente a casa dela, ligando pra alguém, ao mesmo tempo em que falava ao interfone, com o carro todo aberto buscando uma forma dela entrar em casa, era uma cena cômica de se ver... Eis que surge um vizinho que lhe entrega um molho de chave e ele enfim consegue abrir a casa, eu imagino aqui de fora que ele a levou até o seu quarto, colocou ela em sua cama e ela inebriada pela bebida o seguiu até a porta.
Ela em silêncio nem disse tchau; nem um beijo de despedida houve entre eles e ele se foi embora.
Ambos dão se as costas; para talvez nunca mais se virem; o dia se foi...
Eu sentado no carro olhando tudo de fora, mas vivendo tudo como se fosse de dentro, me deparei com o espelho retrovisor e vi minha vida refletida nele; não como vira antes, mas com olhos em alertas, vivos e ao pé do meu ouvido escuto sussurrar a voz daquela mesma moça que gozou talvez do seu último dia ao lado de sua paixão, a me dizer: Carpie Diem... E eu então entendo que preciso viver mais!!!
Num lugar muito distante de um mundo não encantado o dia foi-se e não mais voltou, senão nas linhas do sentimento esquecido por mim.

Essa não é uma história de dor ou desamor, mas sim de caminhos distintos!!! Que cada um saiba viver o seu!!!

2 comentários:

Marketeiro! disse...

Excesso de curiosidade a parte, viajar é preciso, é gostoso, mas estar sozinho na multidão é doloroso demais.
Viva a multidão, seja multidão, e deixe que as outras pessoas viajem por você. Aproveite mais sim, e deixe que o fluxo te leve rio abaixo, pois do rio abaixo nada sobe nem volta...
Ninguém vai te multar por você não olhar para os retrovisores da sua vida, fique sossegada, tá.
Beijão!

Yohan o Perverso disse...

Puxa vida, eu passei um tempo fora do ar e quando eu volto vejo que voce esta ercrevendo muito bem, mas afinal, não estamos aqui para julgar a maneira que escreve...

Parece que eu conheço essa história...

bjs