sábado, 6 de outubro de 2007

Fúnebres paredes ocas...

A muito me encontro dentro de um labirinto que aturdida entrei em busca existencial do amor; entre um caminho e outro percorri um sentimento que há tempos não sei entender, mas isso tão pouco fez com que cessasse minha procura e enquanto estive em meio a essa procura balbuciava comigo os porquês que me faziam seguir esse caminho e não outro qualquer e entre um balbuciar e outro, ouvi um balbuciar que consolidou minha procura; enfim entendi o motivo que me mantinha inquebrantável em permanecer em um labirinto que nada me oferecera, senão mais um dia da dose que me mantivera cega por entre os tempos: Esperança; palavra que é desmistificada quando perseguida e assumi uma lúgubre demência em quem ouve sua harpa sonoridade.
Quando enfim sucumbi a essa idéia; balbuciei um adeus longínquo e só então conclui que o balbuciado que ouvira e me fizera andar por entre os caminhos mais solitários e sombrios eram ecos de mim. Foi só então que me senti livre novamente e na saída do labirinto vi fragmentos do passado; constatei que o eco daquele adeus fez com que o labirinto nunca existisse na minha infame vida e nem havia existência alguma do amor naquelas fúnebres paredes ocas...

A foto acima é cena do filme O labirinto do fauno de Guilherme del Toro onde realidade ou fantasia são do entendimento sujetivo de cada um. Assim como del Toro não deixa claro se aquilo tudo está realmente acontecendo ou se são apenas criações da mente da pequena Ofélia para se refugiar da realidade, eu também não sei dizer onde começa a fantasia e onde termina a realidade, ambos pra mim apenas coexistem .
Recomendo o filme O labirinto do fauno.

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